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PRF tenta desobstruir a BR-376 em Apucarana, mas situação é tensa e policiais militares vão para local de bloqueio


Manifestantes relutam em deixar a BR-376 e já fizeram outro bloqueio no entroncamento com o Contorno Sul - Foto: Dirceu Lopes

Depois que o inspetor-chefe Machado, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Londrina, chegou ao local de bloqueio no km 245 da BR-376 (Rodovia do Café), próximo à Cocamar, em Apucarana, com diversos patrulheiros em várias viaturas, um número significativo de caminhoneiros começou a deixar o local por volta das 10h45 desta quinta-feira (26) e a pista e o acostamento, que estavam bloqueados desde o último domingo, começam a ser desimpedidos. Mas a situação é tensa no local, pois muitos manifestantes relutam em deixar a BR-376 e já fizeram outro bloqueio no entroncamento com o Contorno Sul, ao lado de um totem da concessionária de pedágio Rodonorte. A PRF não conseguiu conter os manifestantes e a PM de Apucarana foi solicitada para reforçar o aparato de segurança.

O tráfego ainda é muito lento nas imediações e alguns profissionais do volante relutam em colocar fim à paralisação. O clima é de tensão e alguns caminhoneiros chamaram colegas de "covardes porque terem decidido seguir viagem.

Na manhã desta quinta-feira os caminhoneiros parados em Apucarana receberam cópia de determinação judicial (liminar) para desocupação da estrada."Os caminhoneiros  têm direito de se manifestar, mas sem prejudicar o direito constitucional de ir e vir dos demais cidadãos. Quem descumprir a ordem judicial, vai ser preso por desobediência", frisou o inspetor Machado.

ACORDO - Após reunião no Ministério dos Transportes, que durou a tarde e parte da noite de quarta-feira (25), governo e caminhoneiros chegaram a um suposto acordo que pode acabar com os protestos nas rodovias federais. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta apresentada pelo governo foi acatada pelos representantes da categoria presentes à mesa de negociação.

Pela proposta, o governo promete sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e criar, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na mediação com os empresários.

O presidente da CNTA considerou que o acordo trouxe ganhos históricos para a categoria. Segundo Diumar Bueno, os caminhoneiros tiveram conquistas efetivas na mesa de negociação. “Diante da gravidade em que se encontra o país neste momento, nós pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui”, disse Diumar, ressaltando, no entanto, que não poderia garantir o fim dos bloqueios.
Fonte: TnOnline
 
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